sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

It's still early and it's late.

Ainda é cedo para descrever o que sinto. Já é tarde para voltar e tentar fazer com que não aconteça. Eu quero muito poder sentir sem medo e poder falar o que sinto.
Uma pessoa como eu, não merece o que tenho, eu não mereço nada disso. Às vezes me sinto tão inútil, tão cansada, tão feia, tão inferior e desmotivada. Sou uma fraca mesmo, eu sei disso. Deus é o único que entende todas as minhas dores. Eu gostaria de ser um pouco mais forte e admitir e sentir, teimar pra mim mesma e arriscar, e continuar.
Quero mudar. Todo dia quero mudar. Eu gosto da minha bipolaridade, ela me sustenta.
Eu gostaria de falar o que realmente se passa na minha cabeça, mas não saem palavras, o medo é sempre maior. Eu gostaria de ser livre, linda e leve como uma borboleta. Gostaria de poder descrever tudo que sinto assim, em um piscar de olhos.
Tão comum iludir as pessoas, tão comum eu me iludir. Meu medo me ilude e me machuca e me arranca a vontade de lutar. Estou pesada, enjoada, com raiva e muito feliz. Metade de mim está feliz, muito feliz por sinal, é como se eu tivesse encontrado minha epifânia, porem por outro lado é como se meu mundo estivesse todo quebrado. Metade do meu coração está reconstruído e a outra metade, esfacelada. Quem se importa?
Ninguém olha para o fundo dos meus olhos e vê o que se passa, meu sorriso, estranhamente encantador, ilude a mim própria.
O que sinto não sei, só sinto aquela sensação forte, de querer estar junto e o medo me faz querer sumir. Me sinto à vontade, totalmente ligada e querendo muito mais e o medo me faz recuar. Ainda é cedo e já é tarde.

Um comentário:

  1. Eu acredito que sou duas na mesma carcaça também, metade de mim esfacelada, a outra sublime.

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