terça-feira, 17 de maio de 2011

Leve desespero



Alguém acredita que eu vivo leves desesperos? Eu mesmo não concordo com isso. Exagerada toda vida, só sei sentir ao extremo. Eu sou psicótica, sistemática e desejo que as coisas sejam do meu jeito. Pessoa difícil de lhe dar que eu sou. Não vejo problemas aparentes, porem internamente vejo todos os problemas e faço todos os deboches possíves e improváveis. Eu me engano todos os dias e surto um dia mais que o outro. Ninguém dá a devida atenção, eu apenas não demonstro isso. Esse é o problema, não demonstrar, isso que me mata, vai me consumindo, deixando minha mente a mil e me descontrolando indevidamente, apenas eu e eu mesma.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A vida, substantivada.

“Mas a vontade é te convidar pra sair por aí sem compromisso brincar de tobogã no arco-íris qualquer coisa assim: você topa?”
- Caio Fernando Abreu.

   Como o tempo tem passado rápido. Como as semanas estam voando. Como a vida está se transformando instantaneamente.
   Todo dia ao acordar vejo que perco tempo na ida ao trabalho e percebo que sou sedentária. Sinto-me uma "jovem-idosa". O peso das responsabilidades estam foda. Cadê aquele momento de Paula-para-Paula? Estudar, trabalhar, trabalhar, estudar. É tudo tão corrido, tão rápido, não há tempo nem de conversar, de conhecer, de aproveitar o momento.
   Quantas vezes você pensou em fugir? Em aprender uma língua nova? Em entrar na academia? Sei lá, qualquer pergunta que fuja do habitual. Se tudo que pensássemos antes de dormir se concretizasse, talvez, as coisas seriam mais divertidas. Sonhos ... Sonhar ... Faz bem, faz bem ao coração, à mente, à vida.
  
   Faz um bom tempo que não escrevo aqui, né? Sabe, viciei em Tumblr, mas para desabafar, aqui é melhor. Andei meio sumida, muito sumida por sinal, não que alguém leia e se preocupe, embora eu saiba que existam pessoas que se importam com isso. A verdade é que eu também estou sem o preciso "tempo" e quando o tenho, falta-me a inspiração. Fico olhando para o computador, para as teclas e não me vem NADA. Fico lembrando do dia e sorrindo, mas nada que seja coeso para um texto. Enfim ... estou apenas com vontade de falar. Aquelas mesmas coisas de sempre, mãe, estudo, trabalho, amigos, problemas, re-problemas, alegrias, noites, dias, respirar ... Sente a vibe, a minha vida está um tédio, mas acho que pela primeira vez não vou reclamar e pelo contrário, estou assim porque quero, não estam me forçando a esse estado.
   Estou carente de amigos, mas não de "amigos" e sim dos MEUS AMIGOS. Gostaria de ser mais presente, de ajudá-los mais. Saudades, que saudades do tempo de escola, do tempo em que não fazia nada, sim ... o ser humano reclama de tudo ... saudades dos tempos que não voltam, é como no Titanic: "I don't even have a picture of him. He exists now only in my dreams." É engraçado como os melhores momentos passam rápido e raramente  voltam, quando voltam.
   Em relação a mãe/família, tudo na mesma, os mesmos "revolts" de sempre. O último, mas meio moderado foi em relação ao ROCK'N RIO (\m/), eu quero muito ir, mas minha mãe: "só vai maconheiro" (porra, maconheiro tem no nosso prédio, na nossa rua, na minha empresa, enfim ... é uma coisa tão normal (embora não aceitável, mas algo rotineiro, não deveria ser, mas ...), é uma coisa que eu quero tanto, tanto, tanto, ela não pode me prender para sempre. Eu sou muito boazinha, ela começa com aquela historinha que "salvação é individual, que Deus não está ali." Sabe, isso me irrita PROFUNDAMENTE, bem ou mal eu sei que é verdade, mas "a missão dela foi cumprida com sucesso", eu já sei o que é Verdade, mas não joga na minha cara, não me perturba com as mesmas histórias de sempre. Fazer o quê? -É mãe!
   Enfim ....
   Têm dias que surto com a Amanda, com nossos sonhos altos e super caros. Têm dias que converso com a Ju e ela me deixa triste com certas coisas que ela me fala, mas ela é minha amiga e me sinto na obrigação de ajudá-la e não me importarcom certas coisas, têm dias que queremos esbravejar, não importa com quem. Outros dias tenho sorrido muito com a Sullen, com nossas histórias mirabolantes e aventuras no trem. Recebo ligações, do tipo:
   -Oi
   -Tudo bom?
   -Tudo
   -E você?
   -Bem.
   -Final de semana agitado?
   -Porque eu quero sim!
   -Que legal, estou na mesma.
   -Hmmmm
   (CRI CRI)
   -Então ... muito trabalho.
   -Pouco.
   Risos.
   Enfim ... Minha vida social não está muito agitada, mas eu nem me importo, quem está presente no meu mundinho é o que preciso e o que quero. Pra quê ter vários colegas de farra, se eu posso cultivar amigos de todos os momentos, até naqueles que eu não quiser fazer nada por um loooongo tempo.
   Estou preocupada com uma pessoa que foi muito importante pra mim e no fundo, bem no fundo, eu sei que ainda é. A vida te oferece momentos de pura nostalgia, de alegria, de prazer, oferece, também, facilidade de esquecer os problemas, facilidade de conseguir uma "felicidade" e isso um dia vai te consumir de uma tal forma que a sua busca de felicidade instantânea virará um ciclo vicioso, do qual não conseguirá mais sair. Isso me preocupa, não quero perde-lo de novo de uma forma pior.
   Acho que por hoje é só.
   Saudades.