sábado, 13 de novembro de 2010

Confesso!

   Eu me olho com outros olhos desde os 11, nunca me vi como eu realmente sou, a verdade é que nunca me aceitei como sou. O tempo é cruel e a modernidade e o dinheiro fazem das nossas vidas, vidas fúteis, da qual não estamos, as vezes, preparados.
   Eu me lembro de um espelho redondo e antigo de madeira, da cor cerejeira, me lembro de olhar e ver tudo que eu sempre quis até hoje e lembro que a partir daquele dia começou a minha frustação. Sempre chorei, nunca me controlei e cada dia que passava me via como jamais nunca havia tinha me visto.  
   Eu sempre quis ser outras pessoas, porque talvez elas fossem melhores do que eu. Adormeceu, mas hoje, aos 17, descubro que ela nunca vai embora e hoje me olho no espelho e vejo que tudo que dizem é verdade. As fotos não são o que quero e passo a ter vergonha do que sou. Nunca gostei da beleza que todos gostam, eu gosto de me sentir bem e é algo que eu não sinto.
   Eu não tenho força e cada dia que passa vou me corroendo e me machucando. O espelho me mostra o que eu nunca queria ter visto, as pessoas estam diferentes e eu pareço que não mudo, só passo para o que é normal da vida e eu não gosto de nada que seja um ciclo normal ou natural.
   Eu tenho sonhos e preciso realizá-los. Eu não quero mais ouvir o que as vezes é verdade e olhar no espelho e comprovar. Não quero cair no chão e ser apertada. Não quero olhar as minhas fotos e me rejeitar, não quero ouvir o que o espelho me mostra.

Um comentário:

  1. Me sinto igual, é olhar e não gostar.... complicado né gatinha?
    Um grande beijo

    ResponderExcluir