terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O palco da minha vida

E eu talvez não esteja onde eu gostaria de estar e possivelmente estou me deixando mais confusa que o normal. Voltando para uma casa que não é minha e pertencendo a um lugar que não é meu, o convívio é um convite para a liberdade. É muito fácil ter tudo nas mãos, mas se rebaixar para poder viver talvez seja indigno de tal forma. Chorar nunca resolve nada, porém mostra o desespero que as vezes me toma. Um momento não é igual ao outro e nada se pode fazer. Apenas esperar o tempo passar e aguardar o que ele nos têm. Não encontro-me parada, apenas não estou bem o suficiente para dizer que felicidade, agora, é algo tão bom. Dois pontos distintos formam uma reta, mas essa é uma corda bamba, que beira um precipício. Acima de mim o céu tão azul e embaixo uma cama que repouso, meu próprio buraco. É tudo muito diferente. Nada é seu! Acostume-se com ligações tranquilas e noites confusas. Com a paz ao abrir a porta e o chão empoeirado. Nada de gritos, mas sujeita a machucados na própria pele. Cheiros e gostos estranhos ao seus sentidos e serenidade ao longo do período de afastamento.

2 comentários:

  1. Bonito porém confuso. Sei que nem sempre o que escrevemos fala sobre o que vivemos ou sentimos diretamente, mas se essa confusão toda estiver em você espero que encontre logo paz e sossego. Bjs
    Gostei muito do texto.

    http://www.contosflordelis.blogspot.com

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  2. Bem o que tenho sentido. É muito estranho, muito difícil achar-se um peixe fora da água. Pior ainda é sentir-se estrangeira em si mesma.

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