quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Day 3 — Your parents - seus pais

Mais um dia, cá estou eu, cumprindo os 30 dias de carta e confesso que está me fazendo muito bem. Hoje é um assunto muito complexo que mexe muito comigo, a verdade ele mexe muito mais comigo do que qualquer paixãozinha inacabada ou histórias de amores arruínadas.
Meus pais. O que é ser pai? (Eu sempre começo a frase com uma pergunta, acho que é pra eu mesmo tentar me dar a resposta.) Não sei o que essa palavra representa. Meus pais são separados e eu, fruto de uma relação que não deu certo, às vezes, sinto como se fosse um "fardo", embora possa parecer bobeira da minha cabeça. Cresci com a minha mãe e com a minha vó, meu pai não quis me ver mais com 6 anos de idade.
Lembro-me como se fosse hoje, era uma manhã de sábado do ano de 1999, deveria ser o dia em que ele me buscaria, como o de sempre. Aquele dia ele não foi e eu gostava de ficar com ele, eu me lembro claramente o quanto era bom, talvez pelo fato de ter a liberdade de, por exemplo, pular na cama, ficar na rua, ou simplesmente porque lá eu tinha com quem brincar, coisas que não havia na casa da minha mãe. Sempre moramos em apartamento e sou a única filha dela, sempre tive regras e limites (lógico, todos precisamos disso, mas uma criança de 4 anos de idade não entende perfeitamente), então era legal ir para casa do meu pai. Nesse sábado ele falou que não queria mais me ver e que eu ficasse com o meu Deus (na época eu estava começando a ir para Igreja e eu adorava-ainda adoro-porque além de tudo, tinha outras crianças, então dava pra me "destrair") e falou que eu era uma doente, sem argumento nenhum. Fiquei pálida e assustada e é como se aquelas palavras me assombrassem até hoje.
Minha mãe sempre foi (ainda é) super protetora, não que não seja bom, mas agora, com quase 18 anos não poder ir dormir na casa da melhor amiga é muito "tenso". Meu relacionamento com ela é exageradamente bom e absurdamente ruim, é um extremo. Ela é a melhor mãe do mundo, ela é guerreira, dá um duro filho da p**** para dar o melhor e o mais confortável para mim e para minha vó, ela é alegre, alto astral, faz de tudo pra me dá o que quero, me incentiva em cursos e em qualquer loucura que eu queira fazer em ramos profissionais, estudos, etc. Tenho orgulho dela. Contrapartida, ela me cobra muito e quando está tudo bem ela fala que não presto, que não falo nada ou que estou distante, ou que não quero nada com nada, bom ... nada do que nenhuma mãe, alguma vez na vida não tenha falado para um filho, eu sei disso, mas dói. Nosso relacionamento já foi MUITO pior, várias surras, tapas na cara e agora as famosas "proibições". Ela sempre diz que eu sou absoluta, que quero ser dona do meu nariz e sempre joga na minha cara as coisas que ela paga ou faz para mim, isso me mata. Bom ... todos dizem mães são todas iguais e eu concordo e ela mesmo diz que farei a mesma coisa com os meus filhos e do fundo do meu coração não quero fazer nem a metade de coisas que ela fez (que me machuram) com os meus filhos. Talvez você que esteja lendo, pode dizer: "Mas ela é só mais uma filha "rebelde", que não entende, mais uma adolescente." Eu não concordo e ainda te explico. O motivo pelo qual eu "reclamo" é que certas coisas nunca deveriam ser ditas e ela diz. É duro ouvir que não serei nada, que sou uma maldição na vida dela (sendo que ela é minha mãe). Ela sempre grita e nunca me ouve e não estou sendo "dramática", quem me conhece e conhece a minha mãe sabe que é verdade, tanto que pra dizer que iria namorar a alguns anos atrás eu tive que escrever uma carta, porque eu estava com medo. É ... talvez o que eu sinta pela minha mãe é medo e não respeito. Ela pega muito pesado e, às vezes eu me controlo, outras não. Ontem mesmo ela chegou dizendo tudo e mais um pouco pra mim, fiquei calada em tudo, aí depois ela diz que eu não a amo. Bom, é o cúmulo. Eu reclamo sim, gostaria que fóssemos amigas, além de mãe e filha, mas ela é somente minha mãe, isso eu tenho certeza.
Enfim, pais, caso complicado e creio que os pais tem muito orgulho de seus filhos e muito a reclamar também, mesmo sendo filhos. Eu não sei o que é ter pai e mãe, aquele amor de casal, aquelas brigas de casal, mas a minha história com meus pais é essa.
Quanto ao meu pai, acho que mesmo depois de tudo que passei, não somente pela ausência, eu ainda estenderia os braços, caso ele me procurasse, é o que falo, sou uma idiota, fazer o quê? Sou uma bobinha e tenho ciência disso, mas no fundo eu sempre observo as coisas. Espero um dia por encontrá-lo e queria ter uma a minha mãe como uma amiga. Na vida nada é perfeito. AH! Por favor, não me julgue como a adolescente "revoltada", isso não irá adiantar nada, porque nós (adolescentes) também temos coração e sentimento.

3 comentários:

  1. Quando o assunto são nossos pais é complicado. Sua história é um pouco triste, mas nada é perfeito. De repente essa foi a melhor solução que seus pais encontraram. Nossos pais são tão humanos quanto nós, logo tão propícios ao erro quanto nós. Todos temos nossos fantasmas.

    Agradeço pelo carinho no meu blog.
    Beijos.

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  2. Eu estarei sempre presente na sua vida , pode ter certeza , que nunca ti abandonarei vc é melhor coisa q alguém pode ter seu sorriso encatada todos os lugares , sua voz meio chata ás vezes rs é tudo rs, vc é Maior presente q Deus poderia dar alguém , sinto mt por essa história , mais infelizmente a vida nao é do jeito q nois queremos =/


    Mais saiba q eu estarei sempre amando você e do seu lado

    eu te amo muito muito demais demais rs


    vou colocar em Anônimo , pois eu quero rs mais vou dar uma pista de quem sou eu


    Minha flor *________*


    fuiz

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  3. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Já sei quem é. Owwwwwwwwwwwwwwwwwwnti s2

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